Uma seleção com varios caminhões. E caminhões realmente grandes.
Blog da RRS Transportadora
sábado, 3 de dezembro de 2016
Transporte rodoviário de cargas é atividade indispensável
Ter um sistema de transportes verdadeiramente intermodal é apontado como algo indispensável para a economia de qualquer país. Mas não importa quantos aeroportos, quantas linhas férreas e estações de trem ou quantos portos entrem em operação, o uso de caminhões – dos mais diversos portes e com as mais diversas funcionalidades – é sempre fundamental.
Questionada sobre como seria um país sem a atividade, a caminhoneira Gilvana de Souza (foto – arquivo pessoal), 28 anos, foi enfática: “simplesmente não existiria”. Isso porque os caminhões são essenciais tanto nas entregas urbanas, no porta a porta, como entre os próprios modais de transporte existentes. O avião, o trem ou a embarcação, por exemplo, sempre necessitam da carreta para que a carga chegue até eles. E também para que seja levada das estações, portos e aeroportos até o destino final.
Além disso, mudanças no comércio, na indústria e na agricultura também interferem em exigências diferenciadas do transporte rodoviário de cargas . Cada supersafra agrícola, por exemplo, demanda mais e mais profissionais das estradas para levar a produção do campo aos portos ou às ferrovias. Sem caminhão, não há prateleira cheia nos supermercados ou nas lojas. E até o conforto de comprar pela internet ficaria prejudicado. Para se ter uma ideia, 40 milhões de novos consumidores devem aderir ao e-commerce nos próximos três anos no Brasil, totalizando, assim, 53 milhões, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. A demanda reflete no transporte rodoviário de cargas. Afinal, como as compras poderão chegar às casas de tantas pessoas sem passar pelas rodovias?
O vice-presidente de marketing da Associação Brasileira de Logística (Abralog) e consultor na área, Edson Carillo, também ressalta a conclusão da motorista: “apesar de existir outros modais de transporte, não se consegue chegar ao destino não sendo por meio do modal rodoviário”. E isso é em qualquer país e mesmo que se façam mudanças. “Ainda que eu consiga fazer o melhor dos mundos, eu sempre vou precisar do transporte rodoviário”, ratifica o consultor.
No Brasil, essa condição é ainda mais evidente, uma vez que o sistema de transporte é essencialmente rodoviário. Afinal, são mais de 1,7 milhão de km de rodovias que cortam o país. E quanto mais aquecida a economia, maior é o fluxo de caminhões Brasil afora. Para se ter uma ideia, somente em 2013, a produção desses veículos cresceu 43%, totalizando 190,3 mil unidades, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Versatilidade
Para Carillo, o modal rodoviário ainda apresenta outras vantagens em sua essencialidade, como a competitividade em relação a percursos de até 500 km e à sua versatilidade e flexibilidade. No caso de se transportar uma carga via modo aéreo, por exemplo, há o deslocamento até a zona de transferência, as formalidades que o modal requer, a adequação do embarque em determinada aeronave, todo o tempo que leva até o embarque, o modo combinado de cargas desacompanhas e acompanhadas que pode obrigar o descarregamento devido a prioridades existentes, entre outras questões. Segundo ele, dependendo do destino, pode-se gastar o mesmo tempo para o transporte via rodovia ou avião.
“Na verdade, é como uma cadeia alimentar, em que um precisa do outro para sua sobrevivência”, compara Gilvana. Segundo ela, o aquaviário, o aéreo ou o ferroviário, por mais eficientes que possam ser, sempre dependerão do rodoviário. “Pode vir pelos ares ou pelos mares e, ainda assim, a carga vai passar pela rodovia”, destaca.
Fonte: Agência CNT de Notícias Texto de Ana Rita Gondim
Caminhoneiros e o transporte de cargas: saiba a importância dessa dupla para a economia brasileira
Bens de consumo, por exemplo, são distribuídos em todo país e regiões fronteiras, principalmente, pelo transporte de cargas rodoviário
Basta atentar-se para o fato de que 58% da mercadoria que circula no país é responsabilidade do transporte de cargas no sistema rodoviário, que já se entende o tamanho da importância desse setor para a economia.
São os caminhoneiros que movimentam itens fundamentais para o abastecimento das comunidades, seja no território nacional ou em regiões fronteiras.
Sem esse trabalho, é possível afirmar que o país viveria uma situação de caos, pois muitas famílias e estabelecimentos comerciais sofreriam um forte impacto ao não receber as demandas necessárias para o dia a dia.
Para se ter uma ideia, o Brasil conta com uma frota de caminhões que ultrapassa os dois milhões, segundo o relatório do mês de abril do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Em relação ao transporte de cargas no sistema rodoviário, de acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), há mais de 600 mil registros de transportadores autônomos no país.
O número total, resultado da soma das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas, das Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas e dos Transportadores Autônomos de Cargas registrados, chegou a mais de um milhão em 2014.
Por onde essas frotas circulam?
O Brasil tem 1,7 milhão de quilômetros de estradas, sendo 12,9% pavimentadas e 79,5% sem pavimento. Desse total, ainda há as rodovias:
- Estaduais: 14,8%
- Municipais: 78,11%
- Federais: 7%
Logo, os milhões de caminhões aptos para o transporte de cargas existentes na frota brasileira podem percorrer até mesmo lugares remotos do país e carregar insumos que, sem o carregamento adequado, não teriam condições de ser entregues.
É claro que as condições das estradas, como se percebe também pelos números, ainda deixa muito a desejar. Por exemplo, são somente 9.522 quilômetros de rodovia duplicados, um número muito baixo perto dos 192.569 quilômetros de rodovias simples, o que não colabora para o fluxo do tráfego.
Mesmo assim, os caminhoneiros enfrentam diariamente os desafios das estradas brasileiras, e movimentam a economia do país.
Mercado das montadoras
O transporte de cargas também impulsiona o mercado das montadoras. Mesmo diante da crise, a indústria de caminhões mantém as vendas, principalmente, pela cultura de governos no Brasil prezar por essa modalidade de transporte.
A média de produção anual de caminhões chega a 71 mil, de acordo com dados referentes ao ano de 2015, divulgados pela União Nacional dos Caminhoneiros. É um número baixo, se comparado aos anos anteriores, mas coerente com a atual situação econômica do país.
Mais um motivo para ressaltar a importância dos caminhoneiros e do transporte de cargas, afinal, esse setor funciona como a peça chave na engrenagem da economia do Brasil.
Origem: http://brazillogistica.blogspot.com.br/
4 curiosidades mostram evolução do setor transporte rodoviário de cargas
45 anos de estrada: matérias especiais mostraram a evolução do setor de transporte rodoviário de cargas nesse período
Em 2015, a Revista O Carreteiro completou 45 anos de circulação e para comemorar a data, a edição 491, que circulou em setembro, trouxe matérias especiais que mostraram a evolução do setor de transporte rodoviário de cargas nesse período. Confira alguns destaques da edição de aniversário:
1. Década de 70
Se na década de 70 o caminhão era tido apenas como um veículo para movimentar carga, sem compromisso com a performance operacional, nos anos seguintes o jeito de transportar começou a tomar outras formas, pois a própria evolução do segmento de transporte rodoviário de carga já buscava um caminho mais especializado para a atividade.
2. Períodos difíceis, decepções, alegrias
Durante a jornada de 45 anos pelas estradas junto aos motoristas de caminhão por rodovias boas e ruins, a Revista O Carreteiro enfrentou períodos difíceis, decepções, alegrias e acompanhou as mudanças do setor do transporte rodoviário de cargas. Presença constante nas cabines, mãos e bolsos dos estradeiros, a publicação esteve sempre presente e procurou destacar informações de interesse da categoria, conforme lembram profissionais mais antigos no trecho.
3. Diversas transformações
Nos últimos 45 anos o setor de transporte rodoviário de carga passou por diversas transformações. A extensão da malha rodoviária cresceu, a tecnologia embarcada foi incorporada aos caminhões, transportadores passaram a utilizar sistemas de rastreamento, monitoramento e telemetria para inibir o roubo de carga, melhorar a logística e tornar o negócio mais eficiente e rentável. A carta frete chegou ao fim e exigências como o Registro Nacional do Transportador Terrestre (RNTRC), cursos e treinamentos abriram espaço para a formalização e profissionalização do setor.
4. País dos caminhões
Entre 1970 e 1975, o volume de carga transportada por rodovias no País saltou de 124,5 para 204,8 bilhões de toneladas/ano, sinalizando que havia espaço para a expansão da indústria de caminhões. Naquela época, os fabricantes de caminhões instalados no Brasil eram a Chrysler (Dodge), Alfa Romeo, que fabricava os FNMs e em 1976 foi incorporada pela Fiat, Ford, General Motors, fabricante dos caminhões Chevrolet (depois GMC), Mercedes-Benz e Scania.
Créditos: http://www.ocarreteiro.com.br/
Assinar:
Postagens (Atom)