sábado, 3 de dezembro de 2016

Os piores problemas que os caminhoneiros enfrentam nos dias de hoje e como lidar com eles Parte 2

6 – Jornadas exaustivas e baixa remuneração


Sempre foi comum a jornada longa para os caminhoneiros, mas na última década os acidentes por conta do cansaço aumentaram muito. Os motoristas passaram a ser tão cobrados que há quem conte que o patrão entrega a nota fiscal juntamente com o rebite. A Lei do descanso teria o papel de garantir as horas de descanso do caminhoneiro, mas ela foi totalmente alterada pelo governo e nem o que sobrou é cumprido. Muitos motoristas dependem de comissão e não percebem que ao invés de brigar para poder rodar mais horas eles poderiam brigar por salários mais dignos.

O que eu posso fazer?
A principal ação é não aceitar salários de fome e jamais aceitar usar drogas para cumprir horário. Outra medida é cobrar os seus políticos que aprovem leis que beneficiem sua profissão. Acompanhe como seu político vota nas questões relacionadas ao transporte.

7 – Falta de respeito


Não existe um motorista que não tenha uma história pra contar de alguma vez que foi desrespeitado para carregar, descarregar, pela polícia, pelo porteiro da empresa ou por alguma outra pessoa durante a sua jornada. Por algum motivo, as pessoas acham que podem ser ríspidas com as outras e com os caminhoneiros em especial. Outra coisa que as empresas acham normal é deixar os motoristas dias esperando para carregar ou descarregar.

O que eu posso fazer?
Responder com desrespeito não deve ser o caminho. Cada momento pede uma reação, que pode ser perguntar para a pessoa o por que da atitude ou apontar que não é razoável esse tipo de tratamento. Mas a solução mesmo passa por campanhas de valorização do caminhoneiro, treinamento dos demais funcionários e educação da população em geral. Quanto ao tempo de espera, a Lei garante R$ 1,38 por hora/por tonelada a partir da quinta hora parada. Exija seus direitos.

8 – Renovação do RNTRC


O pesadelo desde o fim do ano passado tem sido a renovação do registro da ANTT. O problema é tão grande que a Ouvidoria da agência registrou um aumento de quase 600% nas reclamações em 2015 em relação a 2014. Ainda assim, os caminhoneiros continuam relatando preços abusivos e muitas dificuldades.

O que eu posso fazer? 
Sempre que o motorista tiver uma dificuldade ou reclamação, pode contatar a Ouvidoria da ANTT, pelo site ou pelo telefone 166.

9 – Exame toxicológico


utro assunto polêmico é o exame toxicológico, principalmente por conta do preço. Dividir a estrada com quem faz uso de drogas ninguém quer, mas essa é a realidade de uma parcela muito pequena dos profissionais do transporte. Porém o que muitos estradeiros relatam é a demora do exame, que faz muitos perderem oportunidades.

O que eu posso fazer? 
Nunca deixe para renovar sua carta na última hora. As empresas divulgam os prazos para entrega em seus sites. Se o seu demorou, reclame. Seja no Reclame Aqui ou no Procom, exija seus direitos.

10 – Falta de pontos de apoio


A lei manda parar e descansar. Mas parar onde é a pergunta? Ao longo dos últimos anos, muitas empresas passaram a abastecer seus veículos em suas bases, com isso muitos postos fecharam e outros restringiram o uso dos estacionamentos. Não é obrigação do posto dar espaço para quem não abastece. Essa obrigação é do governo. Constava no Projeto da Lei 12.619, mas o governo vetou. Outros países oferecem paradas seguras, a cada 100/150 km, com banheiros e locais para alimentação. Mas no Brasil, tudo que depende do governo tende a exigir muita paciência.

O que posso fazer?
Difícil… as opções são planejar bem a rota e torcer pra ter vaga no posto, além de cobrar os políticos para que aprovem matérias garantido os pontos de parada.

E para você, quais são os problemas que os caminhoneiros enfrentam no transporte rodoviário brasileiro?
 Por Paula Toco do Penaestrada.com.br

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