sábado, 3 de dezembro de 2016

Os piores problemas que os caminhoneiros enfrentam nos dias de hoje e como lidar com eles Parte 1

1 – Desemprego


Com a queda brutal da atividade econômica no Brasil, caiu muito a quantidade de bens a serem transportados, com isso as empresas não precisam da mesma quantidade de motoristas que precisavam antes. Como resultado aparecem as demissões dos empregados e redução de viagens para os autônomos.

O que posso fazer?
Para o quadro mudar, só com a retomada da atividade econômica. O ano de 2017 deve ser melhor nesse sentido, mas ainda muito longe dos índices alcançados em 2011 ou 2012. Mas ainda existem vagas no mercado e para melhorar suas chances de chegar a elas, você deve sempre buscar melhorar sua forma de conduzir, fazer cursos e reciclagens, além de trabalhar em seu currículo para deixá-lo mais atraente.

2 – Frete baixo


Com a crise, todo mundo aperta os cintos, aí nenhum frete sobe. Pior, tem frete mais barato hoje que anos atrás. Isso dificulta muito a vida dos autônomos e pequenos transportadores, que não conseguem repassar seus custos, pagar financiamentos, fazer manutenção, etc.

O que eu posso fazer?
Assim como os empregos, o frete não deve melhorar enquanto a economia não se aquecer, mas cada um pode fazer sua parte para baixar seus custos. Dirigir de maneira econômica, conter os gastos com supérfluos e procurar produtos de qualidade são algumas dicas. Outra coisa importante é fazer contas antes de aceitar um frete. Já existem aplicativos que te ajudam a fazer esse cálculo e ver se o frete vai te dar lucro ou prejuízo, um exemplo é o Lucrei no Frete.

3 – Preço do combustível


O combustível representa em torno de 50% dos custos de um caminhão. Com um valor cada vez mais alto, mesmo com a baixa no valor do barril do petróleo, esse custo dificulta a vida do estradeiro.

O que eu posso fazer?
Uma dica é nunca economizar colocando combustível de qualidade duvidosa. Isso fica mais barato na hora, mas os custos extras trazidos são muito maiores. Outra dica é dirigir de forma mais econômica, andando na faixa de 80 a 85km/h e usando defletores por exemplo.

4 – Insegurança


Esse problema tem se potencializado nas estradas brasileiras. A última moda é roubar os pneus. Aqui no Pé na Estrada recebemos diversos vídeos de caminhões deixados “descalços” no meio do nada. Mas a verdade é que roubo de carga, assaltos, sequestros e até mortes são companheiros constantes dos caminhoneiros. O trecho do Ibó por exemplo é alvo de reclamações há anos, mas nada muda. A polícia diz que não tem pessoal suficiente para cobrir o trecho e o governo não se manifesta sobre o assunto.

O que eu posso fazer? 
Evitar pegar carga para trechos muito perigosos é um começo, pois quando ninguém mais quiser fazer a rota, os políticos terão que tomar alguma providência. Outra providência importante é prestar atenção em quem você vota. Veja o quanto o seu candidato fez pela segurança antes de dar novo voto a ele. No curto prazo o ideal é não parar em locais escuros e sem movimento, não conversar sobre sua carga com desconhecidos e mesmo que alguém aponte problemas no seu bruto, pare apenas em locais seguros para averiguar.

5 – Preço do pedágio


Esse não deveria ser um problema para o motorista, afinal a lei do pedágio existe para isso. Mas as empresas não respeitam a lei e o motorista não denuncia, aí o pedágio acaba caindo nos custos que o transportador arca.

O que eu posso fazer?
Não aceitar carga onde o vale-pedágio esteja “embutido” no frete. Outra possibilidade é denunciar a empresa que não costuma cumprir a lei. Procure seu sindicato para orientações jurídicas. São muitos os casos de caminhoneiros que ganharam ações sobre o vale-pedágio e tiveram todo o dinheiro reembolsado.

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